A primeira coisa que nos assalta neste filme são as cores – este peculiar arranjo de rosas brilhantes e verdes carregados. A segunda é a música – uma mistura de sons de
tern, clássicos familiares, e canções tradicionais tailandesas relembrando os anos 50. Estes dois temas colam-se ao filme, dando-lhe uma espécie de sentimento surreal. Uma história deliberadamente rebuscada é equilibrada por fascinantes sequências de acção, incluindo tiroteios que deixariam Tarantino invejoso. Enfeitado com violência gráfica, estilizada e como um cartoon – tais como close-ups das balas rápidas quando perfuram a carne, pedaços de carne que voam através do ar em câmara lenta – o filme decorre algures entre um festival visual e um assalto ao olhar.
(Jason Korsner, BBC)